quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Vale conta com recuperação do aço para ganhar competitividade © 2000 – 2012. Todos os direitos reservados ao Valor Econômico S.A. . Verifique nossos Termos de Uso em http://www.valor.com.br/termos-de-uso. Este material não pode ser publicado, reescrito, redistribuído ou transmitido por broadcast sem autorização do Valor Econômico. Leia mais em: http://www.valor.com.br/empresas/3026726/vale-conta-com-recuperacao-do-aco-para-ganhar-competitividade


RIO - O diretor-executivo de ferrosos e estratégia da Vale, José Carlos Martins, afirmou que a recuperação da produção siderúrgica mundial deve melhorar o preço de “realização” da empresa nas vendas de minério de ferro.
Martins explicou que a Vale tem uma diferenciação desfavorável na precificação em relação aos seus concorrentes australianos devido ao custo do frete para a Ásia, que responde por cerca de 70% das vendas de minério de ferro da companhia. Segundo ele, a estratégia de adotar centros de distribuição contribuiu para reduzir essa diferenciação, que chegou quase a zero em anos recentes.
Em 2012, segundo o executivo, a queda do preço do carvão metalúrgico e a maior capacidade ociosa dos altos fornos das siderúrgicas mundiais contribuíram para aumentar novamente essa diferença em favor dos australianos.
“O minério da Vale reduz uso do carvão para ferro gusa. Clientes pagavam mais porque gastavam menos com carvão [ao usar o minério da Vale]”, disse o diretor-presidente da companhia, Murilo Ferreira, acrescentando ainda que a diferença na precificação também favorece a Vale em situações em que os altos fornos trabalham em maior ritmo de utilização.
“A expectativa é que, com a recuperação da produção siderúrgica, haja também a recuperação dos preços de realização", disse Martins, que participa nesta quinta-feira de teleconferência com analistas.
Ele também afirmou que o sistema de precificação do minério da Vale sofreu mudanças nos anos recentes, como a passagem do “benchmark” para precificações baseadas na cotação diária no spot chinês ou em valores trimestrais. Martins explicou que atualmente 55% das vendas da Vale têm como base alguma precificação diária.
“A precificação caminha cada vez mais para ser diária”, disse Martins.
Despesas pré-operacionais
O diretor executivo de finanças e relações com investidores da Vale, Luciano Siani, acredita que a companhia poderá registrar neste ano uma redução relevante nas despesas pré-operacionais.
No ano passado, entraram nessa rubrica, segundo ele, US$ 1,592 bilhão, dos quais cerca de US$ 900 milhões foram relativos ao projeto de Vale Nova Caledônia (VNC), de produção de níquel, US$ 120 milhões de Salobo, no Brasil, e US$ 250 milhões a US$ 300 milhões de pelotizadoras paradas.
Segundo ele, caso a expectativa para a VNC seja atingida, de 20 mil toneladas de níquel, seriam gerados, a preços de hoje, US$ 350 milhões em receitas e os custos sairiam da rubrica pré-operacional. A expectativa, segundo ele, é de também reduzir as despesas pré-operacionais em Salobo e nas pelotizadoras.
"O desempenho da VNC vai ser fundamental para comportamento dessa conta", disse Siani. No primeiro bimestre, a VNC produziu 3.500 toneladas métricas de níquel.
Ações
Por volta das 11h, as ações da Vale, que abriram o dia com pequeno recuo, viraram e passaram a subir no pregão da BM&FBovespa. Os papéis ordinários da companhia subiam 0,81%, para R$ 37,30, e os preferenciais classe A avançavam 1,16%, a R$ 35,86.


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