terça-feira, 1 de outubro de 2013

Sustentabilidade ética

A expressão sustentabilidade no viés socioambiental está cada vez mais constante nas pautas dos governos e nas reuniões empresariais. Para alguns, é modismo, para outros, temática essencial à perpetuação da espécie humana. Durante sua participação no evento Fronteiras do Pensamento, o filósofo Peter Singer elencou como prioridade o cuidado com as mudanças climáticas. Porém, não é apenas na área ambiental que tal palavra é aplicada: no mundo dos negócios, é fundamental saber o potencial de sustentabilidade do empreendimento antes de aportar o capital. Tantas são as aplicações desse termo oriundo do latim (sustentar, apoiar, suportar), que ele deveria ser associado à palavra ética, pois as expressões conciliadas viabilizam uma reflexão mais apropriada sobre como estamos conduzindo a sociedade.

A sustentabilidade ética poderia servir de respaldo para a criticidade sobre eventos que de alguma forma nos contrariam enquanto civilização. Quando um conflito propicia que crianças sejam mortas por armas químicas, o olhar sob o prisma da sustentabilidade ética apontaria que aquelas lideranças envolvidas já não têm subsídio moral ou capacidade de sustentar quaisquer que fossem seus argumentos. Quando um contexto de mercado permite que um menino tenha seus olhos “roubados”, subentende-se que existe demanda: receptadores, profissionais com apurado conhecimento técnico para realização dos procedimentos, enfim, uma cadeia de negócio “sustentável” no sentido de viabilidade econômica, mas inadmissível para a sustentabilidade ética, pois como manter ou suportar tal conduta?

Perspectivas enquanto civilização - o que queremos para o futuro da sociedade? Conforto, status? Sim, por que não. Se conseguirmos conciliar a geração de empregos com a substituição de combustíveis fósseis por fontes renováveis: ótimo! Mas, sem premissas básicas como ética e compaixão, não nos sustentaremos nem com todo o dinheiro e as reservas ambientais do planeta.

Alan Triumpho
Professor de sociologia da Fundação Bradesco e gestor de projetos do Gabinete de Inovação e Tecnologia da Prefeitura de Porto Alegre
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=135762

Profissionais temem se prejudicar ao usar horário flexível, diz estudo

SÃO PAULO  -  A maioria dos profissionais considera a flexibilidade um aspecto importante  no trabalho e acha que a empresa onde trabalha permitiria algum tipo de adaptação da rotina nesse sentido. No entanto, é grande o número de funcionários que acha que usufruir dessas opções poderia prejudicar suas chances de avançar na carreira.
Os dados são de uma pesquisa da empresa de recursos humanos Mom Corps, realizada nos Estados Unidos, com mais de 800 pessoas. Segundo o levantamento, 75% dizem ter "ao menos um pouco" de flexibilidade no trabalho, e 68% acham que seus empregadores aceitariam mudanças na rotina por razões como cuidar da família, problemas de saúde ou mesmo preferências pessoais. No entanto, quase metade (47%) dos entrevistados concordam que, apesar disso, um pedido para ter mais flexibilidade no trabalho prejudicaria suas chances de avançar na carreira.
A CEO da empresa, Allison O'Kelly, diz que há um descompasso entre o que companhias dizem oferecer e as possibilidades que os profissionais se sentem confortáveis aproveitando. "Os funcionários ainda se sentem suscetíveis a perder oportunidades de crescimento ao pedirem alternativas a uma rotina fixa. Mas ao mesmo tempo, eles estão cientes de que há opções flexíveis no mercado". Segundo os dados, 39% considerariam deixar um emprego que não fosse flexível o suficiente e 73% acham que a prática é um dos fatores mais importantes a serem considerados na hora de escolher um emprego.
(Letícia Arcoverde | Valor)



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