segunda-feira, 7 de maio de 2012

Após IPO, empresas querem adequar estrutura de governança, aponta pesquisa

Há oportunidades de melhorias na estrutura e práticas de governança em muitas das empresas brasileiras que realizaram IPOs (ofertas iniciais de ações em Bolsa de Valores) nos últimos anos. Esta é a avaliação de 71,2% dos participantes de pesquisa interativa realizada pela KPMG com participantes da 31ª Mesa de Debates do ACI (Audit Committee Institute), no dia 26 de março, em São Paulo. Dos respondentes, outros 12,3% consideraram que as referidas companhias possuíam, sim, estruturas de governança adequadas, enquanto 16,4% disseram não saber.
A pesquisa foi realizada com 75 participantes do evento, que é realizado trimestralmente e conta com participação de membros de conselhos de administração, de conselhos fiscais e de comitês de auditoria das mais importantes empresas no Brasil. Para 92% dos respondentes, as empresas abertas brasileiras que seguem as boas práticas de governança para sua perenidade possuem vantagens competitivas em relação às que não adotam tais práticas.
Em relação ao surgimento de novos riscos em razão da globalização de negócios e mercados, mais da metade (58,1%) dos participantes dizem acreditar que, para evitar crises, as administrações das empresas não têm assegurado considerar todos os possíveis cenários envolvidos neste panorama, incluindo a cadeia de suprimentos e a solidez financeira dos fornecedores, questões geopolíticas, eventuais catástrofes naturais e ameaças cibernéticas, contra 36,5% dos que acreditam o contrário.
"Outro problema identificado segundo a opinião dos pesquisados refere-se aos riscos vinculados às novas tecnologias", indica Sidney Ito, sócio da área de Consultoria em Riscos da KPMG no Brasil e na América do Sul, responsável pelo ACI no país. Perguntados se os participantes compreendem, nas empresas onde atuam, os desafios e riscos emergentes de TI relacionados à computação em nuvem (cloud computing), mídias sociais, tecnologias móveis, continuidade dos negócios e privacidade de dados, 61% responderam que não, pois focam basicamente nos riscos tecnológicos mais tradicionais, sem considerar esses novos; 21% disseram que não, pois os riscos de TI não são considerados; e 11% afirmaram que sim, pois os principais riscos relacionados ao assunto são de conhecimento e de monitoramento.
Nesse sentido, 49% disseram que os se comunicam frequentemente com os responsáveis da área de TI e discutem com a diretoria e o conselho de administração potenciais riscos e deficiências de controles tecnológicos, mas este hábito pode ser melhorado. Outros 34% responderam que não há esse hábito; enquanto 11% responderam que sim, há essa comunicação, sem restrições.
Em momento de autocrítica, 53% dos participantes disseram que monitoram a qualidade das divulgações financeiras antes de serem publicadas externamente, mas que este procedimento pode ser melhorado; enquanto que outros 35% responderam positivamente à questão, mas sem impor restrições. Nesse sentido, 51% consideraram que têm se empenhado, mas podem melhorar, em avaliar e criticar a qualidade e a suficiência das informações que são apresentadas ao mercado; enquanto 33% responderam que não, mas que a questão precisa ser considerada. 
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