quarta-feira, 13 de março de 2013

O etanol de segunda geração está próximo? Relatório da Bloomberg New Energy Finance indica que o etanol celulósico pode se tornar competitivo em menos de cinco anos; No Brasil, 1ª usina do chamado EG2 chega em 201


São Paulo - O tão aguardado etanol celulósico, também conhecido como etanol de segunda geração (EG2), pode deixar de ser uma perspectiva e se tornar em breve uma tecnologia disponível a preço competitivo.
Um novo estudo feito pela Bloomberg New Energy Finance sugere que o preço do álcool produzido a partir de resíduos agrícolas, como o bagaço, palhas e outros tipos de biomassa, tem chances de se tornar mais competitivo em relação às fontes convencionais de bicombustível já a partir de 2016.
A pesquisa coletou dados e previsões de custos de produção junto a 11 grupos empresariais que estão liderando a indústria de etanol celulósico no mundo.
Segundo a análise, em 2012, o custo da produção de EG2 foi de US$0,94 (R$ 1,84) por cada litro, cerca de 40% a mais que os US$ 0,67 (R$1,31) gastos na produção da mesma quantidade de etanol de milho, fonte que domina o mercado de biocombustível nos Estados Unidos, competindo diretamente com a gasolina.
Os maiores elementos de custo para os produtores de etanol celulósico, em 2012, foram as despesas com matéria-prima e enzimas. Todas as empresas que estão à frente no desenvolvimento usam uma mesma técnica, chamada de hidrólise enzimática, para quebrar e converter a celulose da matéria residual, e também a etapa de fermentação que dá origem ao etanol.
Em contrapartida, os custos operacionais do processo caíram significativamente desde 2008, devido aos avanços da tecnologia. Para se ter uma ideia, o custo da enzima para produzir um litro de EG2 caiu 72% entre 2008 e 2012.
Indústria em amadurecimento
A melhoria nos custos operacionais das plantas de etanol celulósico promete virar os holofotes diretamente para os custos de capital. “Os desenvolvedores terão de encontrar formas de reduzir o investimento inicial na planta, e reduzir o risco para atrair financiamento mais barato” avalia Harry Boyle, principal analista do setor da Bloomberg New Energy Finance.
http://exame.abril.com.br/meio-ambiente-e-energia/energia/noticias/o-etanol-de-segunda-geracao-esta-mais-proximo

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